Visita Técnica

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PORTUGUÊS

Metro: Estação do Rossio (Linha Verde) ou Baixa-Chiado (Linha Azul)
(Seguir pela Rua Augusta, em direção ao Rio. Virar à direita, para a Rua do Comércio. À esquerda, o Largo do Município, onde fica Câmara Municipal de Lisboa, à esquerda a Igreja de São Julião)

Exposição (Re) Fundações de Lisboa
URL: http://www.museudodinheiro.pt/evento/466/re-fundacoes-de-lisboa
Visita guiada, 4 de dezembro, 14:00 – 15:00
Entrada: Largo de São Julião, Banco de Portugal

 

Durante as obras de reabilitação e restauro da Sede do Banco de Portugal, foi feita uma escavação arqueológica na antiga igreja de São Julião e em algumas zonas acessíveis dos edifícios da sede. Foram feitos vários achados com interesse histórico:

Nível moderno: Uma das descobertas mais emblemáticas, ainda que esperada, foi a estacaria pombalina, localizada especialmente nas fundações e paredes-mestras dos edifícios-sacrifício (e também na igreja). Esta estacaria (composta por estacas e grelha) está associada aos trabalhos de reconstituição da zona da Baixa após o terramoto de 1755.
Nível medieval: O principal achado da era medieval é o troço da muralha de D. Dinis, junto ao qual foram encontrados vestígios de paredes meias e de pavimentos de casas construídas.
Nível romano: Foi recolhido espólio com bastante interesse histórico.
Necrópole: Foram encontrados vários enterramentos, realizados até à primeira metade do século XIX, não havendo nestes nenhuma lógica espacial associada a género ou condição social. Não foram descobertas lápides, e apenas em alguns casos os enterramentos foram feitos em caixão. Foram também descobertos alguns ossários, entre os quais um com 63 indivíduos e um outro com 43 (incluindo neste último algumas inumações completas, o que pode indiciar um enterramento massivo, provavelmente em virtude de uma epidemia).

No final desta visita, fique também a conhecer o Centro de Interpretação da Muralha de D. Dinis.
Em finais do séc. XIII, Lisboa era um importante centro económico e de comércio sujeito a ataques vindos do mar. Para defender pessoas e bens, D. Dinis mandou construir uma muralha na zona ribeirinha da cidade, que esteve em uso durante cerca de 75 anos.
Ao longo dos séculos, muitos edifícios aproveitaram a solidez desta construção para aí apoiarem as suas paredes, entre os quais o Paço Real da Ribeira construído por D. Manuel no período dos Descobrimentos.
Em 1755, o Terramoto de Lisboa danificou quase por completo a estrutura, que permaneceu soterrada mais de 250 anos. Em 2010, escavações arqueológicas realizadas durante a remodelação da sede do Banco de Portugal trouxeram o monumento de novo à luz do dia.

No Núcleo de Interpretação da Muralha de D. Dinis é possível compreender o modo como esta estrutura defensiva do séc. XIII influenciou o posterior urbanismo da capital. A exposição está dividida por áreas temáticas e reúne várias histórias: sobre o rei e o seu tempo, o devir histórico e o contributo da arqueologia para a interpretação dos vestígios.
(De volta à Rua do Comércio, seguir até à Rua Augusta, virar à esquerda para a Rua dos Correeiros)

Fundação Millennium bcp - Núcleo Arqueológico (NARC).
URL: http://ind.millenniumbcp.pt/en/Institucional/fundacao/Pages/fundacao_NARC.aspx
Visita guiada, 4 de dezembro, 16:00 – 17:00
Entrada: Rua dos Correeiros, 9 (receção)

Próximo do Arco da Rua Augusta, a ocupar quase por inteiro um quarteirão pombalino da baixa de Lisboa, situa-se um edifício do Millennium bcp.
Entre 1991 e 1995, no decorrer das obras de remodelação aí efetuadas, a perfuração do pavimento pôs a descoberto estruturas arqueológicas de civilizações que, ao longo dos tempos, habitaram Lisboa.
Pelas suas características únicas - aí se podem percorrer 2.500 anos da História de Lisboa - este espaço, agora designado Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (NARC), sendo um espaço do Millennium bcp, é também património da Cidade e mesmo do País, entendendo-se que, como tal, deve ser acessível ao público em geral.
A visita ao NARC levá-lo-á numa viagem através da História de Lisboa, passando pelos períodos Ibero-Púnico, Romano, Visigótico, Islâmico, Medieval, Quinhentista e Pombalino.